quarta-feira, 7 de junho de 2017

Hegel e a dialética


Primeiramente vamos compreender o conceito de idealismo. Na filosofia, idealismo é uma corrente filosófica que faz das ideias o princípio interpretativo do mundo. Ou seja, segundo o idealismo, conhecemos o mundo a partir das ideias que temos feito de todas as coisas materiais.

Por fim, o conceito de “dialético”. Dialético é uma palavra grega que significa “arte do diálogo, de convencer, de persuadir ou raciocinar”. Em suma, é um debate de ideias diferentes, chegando a uma conclusão a partir desses pensamentos diversos que, tornam-se um novo conceito que pode ser contrariado novamente. Para alguns filósofos, como Sócrates, Platão, Aristóteles e aqui também se encontra o filósofo que estamos estudando, é uma maneira de filosofar.

Mas, como Hegel filosofava? Dentro do idealismo hegeliano há a procura pela resposta a um problema que já vinha sendo discutido por filósofos como Kant: a questão de sujeito e objeto, consciência e mundo. Em suma, a pergunta de fundo era: “como se dá o conhecimento?” Hegel afirmou, portanto, que “o real é racional e o racional é real.”

Calma, não é tão complicado quanto parece! Podemos explicar este pensamento hegeliano dessa maneira: a realidade é composta por nossa mente e a própria consciência não é estática, ou seja, congelada, pois está sempre mudando e desenvolvendo novas categorias e conceitos, que determinam como nós vivemos o mundo. O que faz que o conhecimento sempre seja contextualizado.

A dialética se processa em três momentos:

Primeiro seria tese, que corresponde uma ideia, um pensamento.

Segundo seria a antítese – um pensamento diferente da tese, uma ideia contrária.

Terceiro seria a síntese – uma conclusão da tese com a antítese, ou seja, após o debate de ideias chegaria a uma conclusão resumida, no entanto, essa síntese passa a ser uma nova tese para uma dialética.

Essa estrutura dialética, segundo Hegel, seria aplicada a todos os campos do real, desde a aquisição do conhecimento até os processos históricos políticos. Sendo que esses momentos (tese – antítese – síntese) se sucedem como um movimento em espiral, ou seja, movimento espiral que não se fecha.

Resumo

Hegel criou um sistema chamado dialética, que é um processo espiral sobre o conhecimento, partindo da uma ideia base que é chamada de tese, contrariada por outra ideia, chamada de antítese e chegando a uma conclusão chamada de síntese, que passa a ser uma nova tese, por isso, espiral, algo que não tem fim, mas uma evolução de ideia.

Referência

COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirta. Fundamentos de Filosofia. 1 ed. – São Paulo: Saraiva: 2010.

GARCIA, José Roberto; VELOSO, Valdecir da Conceição. Eureka: construíndo cidadãos reflexivos. Florianópolis: Sophos, 2011.


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