quarta-feira, 31 de maio de 2017

Comte e o positivismo


Modernidade Líquida para download


A modernidade, para Bauman, pode ser definida como um período de liquidez, de volatilidade, de incerteza e insegurança, em que o período anterior, denominado pelo autor como modernidade sólida, seria “substituído” pela lógica do consumo, do gozo e da artificialidade imediatos. 

Logo, a noção de fluidez e liquidez que marcam a contemporaneidade se manifestam no cotidiano em diversos contextos, como por exemplo, nas relações de trabalho, nos relacionamentos afetivos, na maneira como as identidades se constroem, etc. Assim, para entender melhor estes e outros conceitos, disponibilizamos o livro Modernidade Líquida para download em PDF clicando nesse link: https://farofafilosofica.files.wordpress.com/2016/10/modernidade-liquida-zygmunt-bauman.pdf

terça-feira, 30 de maio de 2017

A caverna de Platão


Kant e o criticismo


Immanuel Kant nasceu em Königsberg, na Prússia Oriental, Alemanha, no dia 22 de abril de 1724. Era filho de um artesão de descendência escocesa. Recebeu uma educação protestante e frequentou a Universidade de Königsberg, onde estudou Filosofia e Matemática. Dedicou-se ao ensino, vindo a desempenhar as funções de professor na Universidade de Könisgberg .

O Criticismo foi uma teoria criada por Kant para resolver um impasse criado pelo Dogmatismo e pelo Ceticismo. Vamos entender primeiro essas duas teorias e, por fim, analisarmos porque Kant propôs essa linha de pensamento.

De um modo geral, dogmatismo é uma doutrina filosófica que defende a possibilidade de chegarmos ao verdadeiro conhecimento. Já o ceticismo afirma na impossibilidade de chegar ao conhecimento verdadeiro.

Essas duas teorias deixaram um pergunta no ar: e agora, é possível ou não chegarmos à verdade? Tentando resolver este problema, Kant apresenta sua teoria chamada criticismo, que seria um meio termo entre o dogmatismo e o ceticismo.

Vamos entender um pouco o criticismo?

Assim como o dogmatismo, o criticismo acredita na possibilidade do conhecimento, no entanto, se questiona sobre esta possibilidade de conhecer. Para Kant, o processo do conhecimento se dá pela interação entre o sujeito e o mundo objetivo. Para que chegue ao resultado, o sujeito tem em sua estrutura o conteúdo sensível, isto é, a condição que é responsável pela captação dos dados objetivos, sendo remetidos ao intelecto, para serem classificados, articulados e pensados. No entanto, o sujeito é a peça chave nessa interação dele com o objeto, ou seja, deve partir do sujeito a vontade de aprender.

Essa relação sujeito e objeto como instrumento para chegar ao conhecimento ficou conhecida como Revolução Copernicana de Kant. Você deve lembrar que Copérnico afirmou que o centro do Universo não seria mais a Terra como era a crença na época, mas sim o Sol e que a Terra gira em torno dele. Kant ao afirmar que o processo de conhecimento é uma relação entre o sujeito e o objeto e não mais somente do sujeito, causa uma grande revolução no processo de aprendizado.

Você deve ter percebido que Kant questiona a possibilidade do conhecimento, essa foi à herança do ceticismo, no entanto, cabe ressaltar que ele questiona, mas não nega a possibilidade, assim como, ele acredita na possibilidade, mas deve ser questionada e analisada, sendo que ocorre em condições especificas.

Revisão

O criticismo de Kant procura dar uma solução ao impasse criado pelo dogmatismo que era a total confiança do sujeito chegar à verdade e o ceticismo pela negação do sujeito de chegar à verdade. Kant propõe o ceticismo, que será a capacidade de chegar, no entanto, ela deve ser questionada, sendo que esse processo se dá pela relação do sujeito com o objeto.

Referência

GARCIA, José Roberto; VELOSO, Valdecir da Conceição. Eureka: construíndo cidadãos reflexivos. Florianópolis: Sophos, 2011.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Cinco lições sobre Maquiavel


O pensamento político de Hobbes



O pensamento político de Hobbes está indissociavelmente ligado à sua visão de homem (ser humano). Não poderia ser diferente.

Para Hobbes, a condição humana é naturalmente belicosa e agressiva. O homem, em seu estado de natureza, vive o que ele denomina de: “guerra de todos contra todos”. Hobbes vê o homem, sem as leis ou um poder maior a controlá-lo, como “lobo do próprio homem”, “homo homini lupus”, numa recriação do texto do dramaturgo romano Plauto (230-180 a.C), em sua peça de teatro Asinaria (“Lupus est homo homini non homo”, seria o texto original).

No estado natural, portanto, na natureza, todos se opõem contra todos. O que vale, de fato, é a “lei do mais forte”. Os mais fracos, seriam subjugados à força, sem direitos.

Em algum momento da história da humanidade, um pacto é realizado. Um pacto social destinado a proteger os mais fracos e desassistidos dos mais fortes. Um mandante, na forma de um soberano, de um rei, ou do estado, então, é escolhido para exercer este poder. Essa cessão ou transferência de poderes a esta figura exercida pelo soberano, rei ou estado se dá através de uma espécie de contrato social. 

O contrato social seria, segundo Hobbes, a única opção racional para os indivíduos saírem do estado natural de guerra de todos contra todos, atribuindo-se ao soberano um poder visível e concreto que seria capaz de manter, valendo-se da imposição e mesmo da força, a obrigação de cada um em respeitar este pacto de convivência. Para Hobbes, “os pactos sem a espada não passam de palavras” (“There is no word without sword”).    

A essa abordagem política de Hobbes, à do contrato social, costuma-se atribuir a designação de: contratualismo. 

O contratualismo irá ser retomado, depois, em perspectivas distintas das de Hobbes por outros filósofos e teóricos do poder do Estado como Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), John Locke (1632-1704), e mesmo por Immanuel Kant (1724-1804). Hobbes, Rousseau, Locke e Kant formam os pensadores chamados de Contratualistas, na concepção do Estado (a adesão de Kant ao contratualismo não é consenso entre os analistas da Filosofia ou da Teoria Política, já que o pensador alemão desenvolve com muita força em seus escritos a autonomia da razão, não estando esta limitada pela sociedade civil, e conduzindo, quase que per si, o sujeito à liberdade). 

Para Hobbes, fundador, portanto, da interpretação política do contratualismo, o contrato social foi forma encontrada pelos homens para estabelecer a passagem do estado de natureza para a sociedade civil e, em última instância, seria ele a base de fundação do estado. 

Na visão de Thomas Hobbes, a disposição natural do homem não é para a vida harmônica em sociedade, mas sim regida pelo egoísmo e pela busca de autopreservação. Tais instintos naturais levariam à violência e subjugação do outro (homo homini lupus). Uma zona de segurança e preservação mútua seria então proporcionada por este contrato social, que concede a uma instância maior com poder de uso da força (Leviatã), que poderá estar representado por um soberano, rei ou estado. 

Entretanto, é importante perceber aqui que Hobbes não atribui um poder divino a esta figura representativa do poder e da força do estado. Hobbes está na passagem do Medievo para a Idade Moderna. Sua base de pensamento busca ser científica. Suas inspirações fundamentais são a matemática e a física. O poder soberano em Hobbes existe para frear a condição natural dos homens, impedindo a subjugação de um pelo outro, e permitindo a coexistência entre eles.  E é exatamente esta transferência de direitos ao poder soberano que estabelece o contrato social e impede a “guerra de todos contra todos”.

Thomas Hobbes avança em relação às abordagens políticas até então existentes.  Se defende ele a necessidade de um poder central e absoluto, na forma de rei, soberano ou estado, em razão de sua concepção acerca da natureza humana (belicosa, hostil e egoística), ele supera a concepção de um soberano com poderes divinos, ungido e abençoado por forças sobrenaturais, mas em uma visão de certa forma racionalista, sustenta sim que a centralidade desse poder é fundamental para a manutenção de uma ordem social aceitável.

Este soberano, cuja existência Thomas Hobbes advoga, não estaria legitimado por um poder divino ou transcendental para governar sob suas preferências pessoais, mais sim pela transferência da vontade e poder de agir na defesa da ordem dos indivíduos para um poder centralizado e dotado de força, pela lavratura consuetudinária do contrato social. Por essa razão, Hobbes foi severamente acusado em seu tempo de ser nada mais de que apenas um ateu e materialista, tendo várias obras censuradas, inclusive por estar contestando o chamado direito divino até então utilizado para justificar as monarquias européias.

Evidente, todavia, que Thomas Hobbes não era um liberal. Uma versão liberal do contratualismo virá mais tarde com o também inglês John Locke, com a publicação de seu principal tratado político Dois Tratados sobre o Governo, em 1689, quase 40 anos depois do Leviatã (1651).

O contratualismo de Hobbes preconizava um soberano absoluto, ainda que não descartasse, por exemplo, que este poder estivesse distribuído em uma assembleia. Mas ele argumentava que as prováveis disputas internas de poder, existentes a partir de facções existentes dentro desta própria assembleia, poderiam levar ao seu enfraquecimento exatamente em sua principal missão: preservar as relações sociais tensionadas a partir de sua visão de natureza humana.

Para Hobbes, um soberano absoluto, desobrigado destas forças contraditórias inerentes às disputas de poder, poderia exercia seu ofício de modo mais eficaz: o rei ou soberano não está a serviço das determinações divinas ou de suas próprias vontades, mas cumprindo um papel dentro do contrato social.

domingo, 28 de maio de 2017

Florestan Fernandes - O negro no Brasil


Alienação


Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.

- Mario Quintana

Nietzsche e Schopenhauer para download


Nietzsche e Schopenhauer - 39 livros em PDF, para download. Sim os dois juntos!

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Nietzsche livros:

A FILOSOFIA NA ÉPOCA TRÁGICA DOS GREGOS | A ORIGEM DA TRAGÉDIA| A VISÃO DIONÍSICA DO MUNDO | A VONTADE DE PODER | ALÉM DO BEM E DO MAL | ASSIM FALOU ZARATUSTRA | CINCO PREFÁCIOS PARA CINCO LIVROS NÃO ESCRITOS | DESPOJOS DE UMA TRAGÉDIA | ECCE HOMO | GENEALOGIA DO MAL | HUMANO DEMASIADO HUMANO I | HUMANO DEMASIADO HUMANO II | INTRODUÇÃO À TRAGÉDIA DE SÓFOCLES | O ANTICRISTO | O CREPÚSCULOS DOS ÍDOLOS | O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA | OBRAS INCOMPLETAS | SOBRE A VERDADE E A MENTIRA NO SENTIDO EXTRAMORAL

Schopenhauer livros:

A ARTE DE ESCREVER | A ARTE DE INSULTAR | A METAFÍSICA DO BELO |AFORISMOS PARA A SABEDORIA DA VIDA | DORES DO MUNDO | ESBOÇOS DE UMA HISTÓRIA DA DOUTRINA DO IDEAL E DO REAL | METAFÍSICA DO AMOR, METAFÍSICA DA MORTE | O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÃO (LIVRO III) | O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÃO (LIVRO IV) | A MORTE E A DOR | ALGUMAS PALAVRAS SOBRE O PANTEÍSMO | COMO VENCER UM DEBATE SEM PRECISAR TER RAZÃO: 38 ESTRATAGEMAS | DO PENSAR POR SI | O SISTEMA CRISTÃO | O VAZIO DA EXISTÊNCIA | RELIGIÃO, UM DIÁLOGO | SOBRE A FILOSOFIA UNIVERSITÁRIA | SOBRE EDUCAÇÃO | SOBRE LIVROS E LEITURA | THOMAS MANN


Durkheim e o poder da coletividade


sábado, 27 de maio de 2017

A ética aristotélica


“A virtude é o caminho para a felicidade.”

 Aristóteles acreditava que para alcançarmos a felicidade deveríamos desenvolver “o tipo certo de caráter”, que é herdado, mas, não é genético (não está no DNA). E é aí que está o “X” da questão! Esse tipo “certo de caráter” dependerá muito das influências externas que receberemos, advindas, sobretudo, do meio a qual estamos inseridos, ou seja, em outras palavras, o modo como fomos criados fará toda a diferença. Os exemplos que temos são cruciais para o nosso desenvolvimento “filho de peixe, peixinho é”. È sempre bom lembrar, que esses exemplos não determinantes, mas exercem grandes influências sobre o nosso desenvolvimento. Somos seres sociais por natureza, precisamos viver em sociedade para nos desenvolver, sendo assim, essa sociedade precisa nos mostrar bons exemplos, para termos no que nos espelhar.

O caminho para essa felicidade é a virtude.

Para Aristóteles os meios justificam os fins. A virtude é o meio, como ele dizia “ o meio termo de ouro” ou o “ justo meio”, agir virtuosamente significa ponderar(pensar) entre dois vícios, dois extremos (a falta e o excesso) que nos afastam da tão esperada felicidade.

Pense!


Todo mundo é um gênio. Mas, se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em uma árvore, ela vai gastar toda a sua vida acreditando que ele é estúpido.


- Albert Einstein 

O mundo líquido em Bauman


Rousseau - 5 livros para download


Nascido em Genebra, Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) chegou a Paris em 1742, onde frequentou o ambiente dos enciclopedistas, com os quais mais tarde rompeu. Opunha-se à ideia ilustrada do progresso, pois concebia que residem na cultura e na civilização todos os males que afetam o homem, o qual, sendo bom por natureza, viu-se conduzido a um estado de corrupção. Diante do pensamento ilustrado, que atribuía a conquista da felicidade à razão, Rousseau manteve que a felicidade somente pode ser alcançada atendo-se aos próprios sentimentos, que permitem recuperar a harmonia e justiça perdidas. Na política afirmou que a sociedade civil é um corpo único nascido de um pacto social.

Segue abaixo a lista de obras disponíveis e, mais abaixo, em vermelho, o link para realizar o download dos livros:

DO CONTRATO SOCIAL | DISCURSO SOBRE AS CIÊNCIAS E AS ARTES | DISCURSO SOBRE A ORIGEM E OD FUNDAMENTOS DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS | ROUSSEAU/COLEÇÃO OS PENSADORES | JEAN-JACQUES ROUSSEAU/COLEÇÃO OS EDUCADORES


Para fazer o download clique no link: https://mega.nz/#F!Q89jQY5Q!8Crq8e3U_Qgsc3VjVq-I2A